sexta-feira, 22 de julho de 2011

Saudade do Brasil

A vida é engraçada mesmo.
Nunca pensei que sentiria tanta saudade dos serviços da Net, dos laboratórios Fleury, do Hospital Oswaldo Cruz, da secretária do meu médico, do metrô de SP nos finais de semana, do bom dia sincero do meu vizinho, do pão na chapa da Charme, do seu Chiquinho, da doação de sangue do Hospital São Paulo, da bagunça dos meus alunos e do calor abafado de São Paulo.
Morar fora tem destas coisas. Aprendemos a olhar o que é transparente em nosso dia-a-dia. Algumas coisas, ao deixarmos de ter, tornam-se coloridas para nós. Não vejo a hora de voltar a ter a liberdade de ir ao médico que eu quiser, de contratar o serviço de internet que eu bem entender, tratar decentemente dos meus dentes e comer uma comida saborosa com um percentual baixo de gordura.
Saudades do Brasil. Saudades da minha gente. Saudades do visual da minha gente.
Por outro lado. Quando voltar ao meu país, sentirei falta do Tâmisa, da pint of Guinness, dos parques e dos museus. Isto é ser humano. Viverei dividido, mas muito feliz porque meu lugar é no Brasil.

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